Autor:
Helen Fielding
Editora: Record
Ano: 2002
Resenha: Quem não tem um parente que nas
reuniões familiares sempre pergunta se você encontrou um namoradinho? Ou se você já pensou em sossegar e ter filhos? Ao que parece a vida de Bridget é cheia dessas
indagações.
Bridget é uma mulher na casa dos 30, com uma carreira
insatisfatória, independente, possuidora de alguns vícios, sonhos de um
relacionamento estável, uma inimizade permanente com a balança e algumas (muitas)
neuras.
Você pode achar a Bridget louca, tomando como base a
descrição à cima.Mas pense bem. Será que você não conhece ou já ouviu falar de
uma mulher que se encaixa em pelo menos uma dessas características?
Bom, antes de julgá-la eu passei uma tarde inteirinha
conhecendo e tentando entender essa tal Bridget Jones, e confesso que gostei do
livro apesar de:
A) O exagero da Bridget. Se eu
pudesse defini-la em uma palavra seria exagerada. Eu sei que é justamente esse
exagero que a deixa engraçada, mas...
B) O livro é muito detalhista,
o que faz com que a história se arraste, dê voltas e não saia do lugar! Foram muitas informações desnecessárias (o que ela comeu e quantas calorias
ingeriu em um dia... Am?),que não acrescentaram nada a história.
C) A forma como a estória é
narrada. Okay é "O diário de Bridget Jones", mas escrever o livro
contando os fatos especificando até a hora em que tal fato ocorreu deixou a narrativa
truncada e cansativa. (quem é que para
pra conferir a hora nos momentos mais importantes da vida só para anotar em um
diário?).
D) Essa é para quem assistiu ao filme. Quem
conheceu O Diário de Bridget Jones através da telinha sabe que existe um
triângulo amoroso entre Bridget, Daniel Cleaver e Mark Darcy. Bom, no filme o
romance se desenrola de uma forma muito melhor do que no livro. Eu não vou
contar os detalhes, mas o fato é que se vocês esperam encontrar algo mais
romântico, fiquem com o filme!
Mas, como eu disse antes, apesar de tudo isso eu gostei de
conhecer um pouco desta mulher louca, dramática, mas ao mesmo tempo tão real. E
“O Diário de Bridget Jones” é isso, a narrativa do dia a dia de uma mulher real.
Uma mulher que tem medos, que paga micos, que faz drama, que quer sim ter
alguém especial e entra em muitas furadas (se
apaixonar pelo chefe mulherengo é uma delas). Foram justamente essas
imperfeições da personagem que me conquistaram. Acho que se a Bridget fosse uma
modelo linda de 22 anos que vive a base de alface e água, festas badaladas e
homens bonitos eu teria desistido do livro antes de alcançar o terceiro
capítulo! Posso estar sendo pretensiosa, mas acredito que a Bridget é uma
caricatura da mulher moderna, com todas as suas qualidades e defeitos (talvez um tanto caricata demais, porém
não mentirosa).
As trapalhadas românticas da Bridget são um capítulo a
parte. Com medo de ficar solteira e acabar sendo encontrada morta por um pastor
alemão, Bridget termina por meter os pés pelas mãos e se apaixonar por seu
chefe, Daniel Cleaver, que é um mulherengo de marca maior, só pra depois
descobrir que o mesmo irá casar! E no meio disso ainda tem o Sr.
Advogado-tudo-de-bom Mark Darcy, um homem rico, bonito e divorciado, para a
felicidade da mãe de Bridget que não vê a hora da filha desencalhar.
O fato é que com Bridget eu ri, enlouqueci em alguns
momentos e até fiquei com vergonha por ela. E depois de terminar o livro peguei
o filme e fui assistir pela milionésima vez, só para curtir um pouco mais das
palhaçadas da personagem e para vê o Colin Firth, aquele lindo!
Para finalizar deixo uma curiosidade, o personagem Mark
Darcy não tem esse sobrenome por pura casualidade. A autora Helen Fielding, se
inspirou na obra de Jane Austen, Orgulho e Preconceito, para dá a vida ao nosso
lindo e conservador advogado. E não foi só no Sr. Darcy que ela se inspirou!
Helen, semelhante à Austen, fez com que seu casal principal passasse por uma
série de desencontros e mal entendidos para enfim (nos 45 minutos do segundo tempo!) se encontrarem.
É isso pessoal, alguém aqui já leu ou ficou com vontade de ler/assistir
as peripécias de Bridget Jones?
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