O diário de Anne Frank - Anne Frank

Título: O diário de Anne Frank
Autora: Anne Frank
Edição: 29
Editora: Record
ISBN: 9788501044457
Ano: 2010
Páginas: 349
Tradutor: Alves Calado

Boa noite galera!

Hoje eu vou resenhar um livro que, sem dúvidas, foi muito importante pra mim.

Quando a leitura deste livro foi solicitada através de uma professora, com o objetivo de conhecermos melhor o seu período histórico, logo percebi que não seria uma leitura fácil. E realmente não foi.
O Diário de Anne Frank foi escrito por Anne, uma adolescente judia, de 1942 a 1º de agosto de 1944. No começo somos apresentados aos conflitos e problemas comuns de uma adolescente qualquer. Ela escreve sobre a escola, os amigos e a família. Porém, este cenário logo muda, afinal, Anne vive num dos momentos mais graves e marcantes da história, a Segunda Guerra Mundial.
"Devo ficar pensando sobre todos os que estão morrendo, seja o que for que esteja fazendo? E se eu quero rir de alguma coisa, deveria parar imediatamente e sentir-me envergonhada por estar contente?"
Com apenas treze anos, a menina vê sua vida mudar radicalmente, quando subitamente é obrigada a esconder-se com a família (mãe, pai e irmã), Amsterdam, por conta da invasão nazista ao país. Eles se refugiam num porão, pertencente ao escritório que o pai de Anne trabalhava, ao descobrirem qual seria seu destino ao serem capturados pelos alemães. Além da família da garota, juntam-se a ela, a família de outro judeu. Senhor Van Daan, sua esposa e seu filho Peter, que depois de muitas brigas e provocações, acaba tornando-se melhor amigo de Anne.
"Espero poder confiar inteiramente em você, como jamais confiei em alguém até hoje, e espero que você venha a ser um grande apoio e um grande conforto para mim.” 
Através das palavras de Anne, conhecemos tanto a rotina dos integrantes desta pequena comunidade, que de um dia pro outro, são obrigados a conviver uns com os outros e com o medo de serem descobertos, quanto as suas opiniões e sentimentos relativos à guerra que parece se aproximar cada vez mais.
“Simplesmente não posso construir minhas esperanças sobre alicerces formados de confusão, miséria e morte. Vejo o mundo transformar-se gradualmente em uma selva. Sinto que estamos cada vez mais próximos da destruição. Sofro com o sofrimento de milhões e, no entanto, se levanto os olhos aos céus, sei que tudo acabará bem, toda essa crueldade desaparecerá, voltarão a paz e a tranqüilidade.” 
Durante toda a leitura, nos sentimos muito próximos da personagem principal. Quase íntimos. Descobrimos suas qualidades, seus defeitos e seus sentimentos. Ela divide conosco cada pensamento, por mais pessoal que este seja.
“Realmente, é de admirar que eu não tenha desistido de todos os meus ideais, tão absurdos e impossíveis eles são de se realizar. Conservo-os, no entanto, porque apesar de tudo ainda acredito nas pessoas, no fundo, são realmente boas.” 
Temos a oportunidade de acompanhar seu crescimento e amadurecimento, notando aos poucos as transformações que essa nova e triste situação causou em Anne, principalmente em sua nova forma de se relacionar e de enxergar as coisas.
“Apesar de todas as minhas teorias e meus esforços, sinto falta - todo dia e toda hora - de uma mãe que me compreenda. É por isso que, em tudo o que faço e escrevo, imagino o tipo de mãe que eu gostaria de ser para os meus filhos no futuro. O tipo de mãe que não leva a sério tudo o que as pessoas dizem, mas que me leva a sério.” 
É incrível o poder de reflexão que este livro causa em quem o lê.
“Você pode me dizer por que as pessoas se esforçam tanto para esconder seu eu verdadeiro? Ou por que sempre me comporto de modo muito diferente, quando estou perto dos outros? Por que as pessoas confiam tão pouco umas nas outras? Sei que deve haver um motivo, mas às vezes acho horrível não poder confiar em ninguém, nem mesmo nas pessoas mais próximas.”
Pode ser um livro emocionante, triste, engraçado e real, porém, no meu caso, foi um grande sofrimento terminar de ler. Não era nada fácil testemunhar tantos sonhos, esperanças e planos da menina, tão pequena no começo, mas que cresce, evolui e se torna uma grande mulher.
“... e tento achar um modo de me transformar no que gostaria de ser e no que poderia ser se... se não houvesse mais ninguém no mundo." 
Apesar de começar a leitura apenas por conta da escola, logo descobri uma fonte de aprendizado e reflexão. Percebi de como o ser humano pode ser egoísta. Egoísta ao ponto de acabar com toda uma população apenas por seus próprios interesses. Mas também percebi o quanto a fé é importante pra todos nós, fé em qualquer coisa, em um Deus, ou em vários deles. Fé em sua família, em seus sonhos ou até em você mesmo.
"O melhor remédio para os amedrontados, solitários ou infelizes é sair, ir a um local onde possam ficar a sós com o céu, a natureza e Deus." 
Refleti sobre os meus valores, os meus princípios e minhas ações com aqueles que estão ao meu redor. Enxerguei o quanto uma ação pode causar danos a outras pessoas, e como pode transformar um dia que fora triste em grande alegria. 

Pensei, pensei em mim, pensei nas pessoas e principalmente, pensei na vida. Na vida como um todo.
"Deus deseja a felicidade das pessoas em meio à beleza e a simplicidade da natureza." 
Acredito que todos deviam ler este fantástico livro O DIÁRIO DE ANNE FRANK.

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